terça-feira, 16 de abril de 2013

A cura para as paixonites crônicas




Benjamim Franklin disse que as três coisas mais difíceis de se fazer no mundo são guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo. Quem me conhece sabe que eu adoro listas de três coisas (as três melhores invenções da humanidade, os três tipos de pessoa que não confio, etc), mas abriria uma exceção e acrescentaria um 4º item neste ranking: arrancar uma paixonite da cabeça.

TODO MUNDO já passou por isso e sabe bem que a dor de não se correspondido é como mil facas penetrando pelo corpo. Dói em lugares que a gente nem sabia que existia.

Infelizmente a vida não é como nos filmes do Telecine, que no finzinho da história rola aquela reviravolta incrível e um “happy end” de tirar o fôlego. Normalmente rejeição termina mesmo com um pé-na-bunda-rapa-fora e não com um repentino “descobri que te amo”.

Mas quando a escolha não depende de você e nada mais resta a não ser juntar seus resquícios de dignidade e tocar a vida longe daquela bolha estranha de sentimento, é incrível como sempre - sim, eu disse SEMPRE - se consegue seguir em frente. É das coisas mais difíceis do mundo, mas é possível.

Machuca bem mais no começo, mas aos poucos a dor vai ficando cada vez mais fina e rasa. E chega um dia que você acorda e percebe que se esqueceu daquilo que um dia achou que era inesquecível. Simplesmente apagou da mente aquilo que acreditou ser pra sempre.

Então você pula da cama, toma o “banho dos revigorados”, entra no carro, bota um som animado e sente vontade de gritar pro mundo no caminho pro trabalho: estou livre, caralho! Free, I'm free, porra!!!

Mas calma, ainda não é aí que você se curou daquilo tudo. Está próximo, bem próximo, mas ainda falta um pequeno passo pra ir em frente de verdade: conseguir se interessar por outra pessoa.

Tá, tá, eu sei que os céticos no amor dirão: mas que bobagem, ninguém precisa disso! Você tem que se bastar e ser feliz consigo mesmo, sem depender de ninguém! Ser um adulto emocionalmente equilibrado, livre e independente.

Mas eu diria que não há absolutamente nada que demonstre mais a sua força emocional do que a capacidade de tentar novamente, sem traumas. A coragem de se arriscar outra vez sem as famosas desculpas individualistas de que o mundo é mais colorido quando se está sozinho. A bravura de dar uma chance, consciente de que se pode errar outra vez e voltar pra estaca zero.

Sim, é no tentar de novo que está a cura. Como diz meu amado Xico Sá, a única vacina definitiva para um amor perdido é um novo amor achado. Mesmo que seja um placebo.

Quem deixa de lado o medo de cair outra vez e está disposto a se jogar, a acreditar no seu próprio “felizes para sempre”, é infinitamente mais corajoso do que quem se fecha em cercas do “eu não preciso do amor” ou “o amor não é para mim mesmo, deixa pra lá”. No fim, é isso o que todos querem. Seja agora ou mais tarde na vida.

Até porque, quem não sabe o que é perder o ar ao receber uma nova mensagem, sentir o coração a mil por hora ao marcar um primeiro encontro ou a sensação de pernas bambas e reviravoltas no estômago ao se descobrir apaixonado, definitivamente não sabe o que é viver.

E eu prefiro morrer a deixar de viver!
(Mas essa frase não é minha, apesar de eu realmente preferir)

6 comentários:

  1. É Isso ai é no Tentar de Novo que está a Cura...

    Adorei

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    1. Que bom Jujuba! Continue nos acompanhando e dando suas opiniões! =)

      Beijão!

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  2. Ah questão não é tentar de novo...
    A questão é se permitir...deixar ser amado..e acreditar no amor..
    Deixar ser amada! Sem medo!

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    1. Acredito que ambos estamos certos! Pra tentar de novo precisamos mesmo nos permitir, deixar ser amada e acreditar no amor! Coragem!

      Obrigada pela opinião!

      Beijo

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  3. Está ficando muito sábia essa Tati Quadra... "doença de amor só cura com outro" (amor)... - Rita Lee. Assino embaixo! Beijos e parabéns!

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    1. Tá vendo só, Ines? Tô em estágio probatório... hahaha
      obrigada! Beijão

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