domingo, 14 de julho de 2013

O que é maturidade?!

O povo fala tanto sobre ser maduro... mas será que alguém sabe o que isso realmente significa?

Sei que a maior parte das pessoas, inclusive eu, se acha madura. Quando você tem 25 anos, por exemplo, acha que já é maduro, porque quando tinha 15 anos fazia agia de tal forma e depois aprendeu com isso e cresceu. É verdade que nós amadurecemos sim com as experiências da vida. Mas é verdade também que ninguém sabe o que é ser completamente maduro. A não ser que você seja uma fruta, aí saberá. Hahaha




Tem muita coisa legal que aprendi vivendo e tem muita coisa que dispensaria fácil. Algumas lições são cruéis demais, sei lá se precisava tanto! O fato é que se gostar é essencial. Tem gente de 50 anos que se odeia e tem outros de 15 que se amam. Pra mim, o segredo é esse: se amar. Não com aquele tom nojento, narcisista e egoísta que não enxerga nada à sua frente. Eu digo se amar com o ar sublime de quem se aceita, se cuida e se protege. Quem se ama, meus amigos, distribui amor, compaixão e solidariedade.

Você tem que se amar para se aceitar, aceitar o mundo e as pessoas como elas são. Não perca seu tempo acionando todo seu emocional para mudar alguém. Deixe se aproximar quem pensa como você e afaste quem não pensa. Afinal, pra que se desgastar?

Sem me desgastar, vou me aceitando assim do jeito que sou e gostando muito do que posso fazer. Sendo assim, aceito a todos também do jeito que são e até gosto dos defeitos de muitas pessoas também, não somente das qualidades. Não levo nada para o lado pessoal, afinal cada um é cada um.




Experimentar essa paz e liberdade do espírito é muito, muito bom. Não sou de ninguém, nem serei. Não vou nunca dar garantias eternas, nem todo meu amor, nem todo meu raciocínio. O meu tempo todo então, impossível. Não sei mentir, não gosto de mentiras e quem quiser lidar comigo que coloque isso na primeira linha.

Mas se quiser fazer parte da minha vida, serão bem vindos. Bem vindos na parte que não me cobra, que não me pressiona e não tenta me dominar. Do seu ciúmes e da sua posse eu quero distância. Não demonstre isso perto de mim ou vou me sentir com você colado na sola do meu sapato. Ao invés disso, me encante com atitudes bonitas e de caráter. Esteja a meu lado para o que der e vier e terá uma eterna companheira.

Não sei mesmo se amadureci ou se sou uma criança brincando de vida! Sinceramente, me sinto na segunda opção. É mais leve ser uma criança brincando e eu adoro isso. E assim como uma criança devolve ao mundo o que recebe, também vou assim... e não adianta dizer que me adora e agir como quem não gosta. Eu estou ligada nas atitudes e não nas palavras. Eu entendo um carinho, mas não assimilo um elogio.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Insônia - o samba do crioulo doido dos demônios da mente


Sexta-feira,1h da manhã. Noite fria e eu nem pisco.



Isso graças a visita de uma companheira de longa data, com a qual eu já tentei, por diversas vezes, terminar o relacionamento. Mas já que ela insiste, apresento a vocês a Dona Insônia: uma grandíssima filha de uma puta barata que domina todos os mais perversos demônios que assombram minha alma.

Além de mim, alguém já parou pra pensar que alguns momentos, quando estamos a sós, servem pra colocar pensamentos em dia, analisar fatos e entender coisas que ficaram obscuras nas nossas idéias?

Tipo, dirigir na rodovia, pra mim, é o melhor momento pra compreender sem me massacrar de críticas. Muitas vezes eu entendo as origens dos meus medos e inseguranças e até me dá uma sensação de competência por desvendar, esclarecer e perdoar a mim e a quem por acaso tenha me ferido. Adoro dirigir na rodovia!!!

Outro momento é o banho. É nele que eu viajo imaginando, de forma infantil estilo Disney, como seria se a minha vida fosse assim ou assado...
Invento histórias de um mundo ideal e saio do banho limpa física e psicologicamente.

Aí vem o problema: quando a Dona Insônia - prima da Dona Morte e tão assustadora quanto-, entra no meu quarto, trazendo as bestas rosnando em coleiras finas, e se senta ao meu lado, na cama. De caráter mais sujo que pau de galinheiro, a bandida começa a falar baixinho, num timbre de arrepiar os cabelos, sobre todos os meus erros, medos e defeitos.

Me mostra filmes de hoje projetando um futuro ruim pra qualquer plano de vida que eu tenho. Faz um retrato horroroso de mim, aumentando tudo que é ruim. E então, acabo entrando numa paranóia tão grande que me faz até pensar em me atirar da janela do 15º andar (...ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender...).

Não adianta toma chá de camomila ou qualquer outra erva. Pode me dar uma piscina olímpica pra beber, que só vai servir pra me fazer urinar sem parar. Dramin até derruba, mas é um sono ruim, pesado, pastoso e na hora de acordar você fica retardado. Somando o meu retardo natural ao acréscimo do retardo do Dramin, eu fico tão apta a pensar e agir quanto uma acelga,. Por isso logo desisti desse método de chutar a senhora Insônia.

Cansada, mal humorada e deprimida, fui num psiquiatra too much crazy! E dá-lhe ansiolítico! Funcionou por tempos, aliás, ainda funciona. O problema é que eu sou tão amável que a Sra. Insônia duela ferozmente com as minhas pilulinhas, só pra matar a saudades da sua pequena vítima sugestionável.

E hoje foi dia dela! Depois de bater o rosto e fazer um cortinho perto do olho esquerdo, piorando o que a natureza não ajudou, ela entrou no quarto, com aquele olhar de cigana oblíqua e dissimulada (permita-me, mestre Machado de Assis, copiar esses tão batidos termos) e me tirou a paz da noite com as suas teorias da conspiração que me soam tão convincentes.

Está feliz em me ver, velha companheira? Eu não.


Desejo um sono tranquilo pra quem não recebeu a visita dessa maldita insana!


terça-feira, 2 de julho de 2013

Mais uma de amor

 



O amor é brega, disso todo mundo sabe e, na grande maioria dos casos, as mulheres exageram na dedicação. Priorizam a felicidade do amado e acabam deixando de lado uma parcela do seu amor próprio. Como sempre, falo por mim e pelas minhas experiências de vida.

Eu sou assim. Quando me apaixono fico cega, idealizo, sofro quando algo dá errado como se fosse morrer. E dói o peito, dói o estômago, dá insônia, falta de apetite...ôôô diaxo!

Meu primeiro amor de infância ficou no platonismo, mas foi um amigo querido por muito tempo e que eu espero que hoje esteja feliz com a sua família. Aí vem a saga dos namoros!

O primeiro foi juvenil ao extremo, cheio de ciúmes e chatices. Namorei anos e no último ano de namoro eu preferia escalar o Everest a vê-lo. E é engraçado que, depois de anos sendo um maluco, quando percebeu minha falta de ânimo resolveu transformar-se em príncipe...to late, my dear!

Depois disso tive um “meio namorado” por quem eu me apaixonei à primeira vista. O único porém é que depois de muitas idas e vindas descobri que, além de mim, outras duas meninas também achavam que namoravam o metido a garanhão. E achei que ia morrer de tristeza, porque o amor que eu tinha era muito. Pra minha vingança interna, anos depois me pediu desculpas e disse que tinha percebido que era comigo que ele tinha sido realmente feliz. De novo, to late, baby.


O terceiro namorado foi a pior história ever! Quando ele me xavecou pela primeira vez, mandei ele tomar no cu (sim fui extremamente grosseira porque ele namorava). Depois de anos, quando ele estava solteiro, rolou amor à segunda vista. Achei que era com ele que eu iria casar, pelo andar da carruagem. Nunca brigamos, nunca nos tratamos mal e ele fazia tudo pra me agradar, até que me colocou o maior par de chifres da história, e se casou com a garota em pouquíssimo tempo. E lá se foram de mim mais anos perdidos de dedicação e respeito absoluto. Paciência, pessoas não são propriedade e aprendi isso depois de, mais uma vez, quase morrer de tristeza.

Tempo longo demorou pra que eu realmente me interessasse por alguém daquele jeito: frio na barriga, ansiedade pra ver o tal... e pronto! Amor à primeira vista de novo. E quando isso acontece, tenho a sensação de que tudo fica em câmera lenta e toca uma música romântica na minha mente, cantada pelo Bono Vox, a lindíssima Unchained Melody (ouçam essa versão do Bono, é linda demais).

Acho engraçado o amor à primeira vista. Minha amiga, Ana Flávia, diz que isso acontece comigo porque fui envenenada pelas histórias de princesa da Disney e acredito no amor romântico que só existe nos livros ou na Tv. Talvez ela esteja certa. Ai como isso me dói! Kkkk

Eu sou sim um exemplo de pura breguice quando amo. Me dedico, priorizo, quero colo, beijo, mãos dadas. Quero ser chamada de linda mesmo não sendo a Isis Valverde. Quero companhia pra ficar em silêncio, abraçadinha. Quero declaração de amor, quero me sentir fundamental, e acho que de tanto querer desesperadamente esse amor melado, minhas expectativas acabam frustradas.

Nesses meses todos, eu tenho contido toda essa minha breguice, segurando a onda pra não sair gritando que estou amando mais que o universo, com medo de levar um pé na bunda e ter que enfiar a cabeça num buraco depois de pagar de doida apaixonada, né?!

E então se misturam os sentimentos, porque além de brega eu sou insegura. Tenho medo de perder. Aliás, rejeição destrói o coração e demora pra juntar os cacos. Crio teorias da conspiração, tenho pânico de ex-namorada, de ex-ficante e até de colega de sala, por achar que a criatura amada vai olhar pro lado e concluir que ali é mais interessante.

Eu amo errado, minha gente. Sem medida, como se o mundo fosse acabar amanhã...
E vocês? Quem me entende ou quem me explica como se ama sem doer?

Afinal, para nós exageradas, o amor dói e esse sentimento não tem esse propósito!

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.