segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Aplicando sua inteligência no uso do Lulu e Tubby

Apelação "monstro" rolando na internet... chamada de LULU e agora próximo de ser lançado, o TUBBY. Baixarias em forma de programa... rebaixando a personalidade e o caráter das pessoas.

De que vale "queimar o filme" de uma pessoa que você saiu e não gostou? Só não repita o erro, oras! É assim desde que o mundo é mundo. Agora tem também que compartilhar sua insatisfação num APP!! Santa carência, ignorância e falta do que fazer.

Não, não é legal botar notas públicas em quem você saiu ou já namorou! Por muito menos vemos pessoas tirando a própria vida; vivemos em um mundo onde a auto-estima das pessoas está baixando de tempos em tempos. E tudo por causa da liberdade, libertinagem. Tá liberado então tudo dura pouco e deixa sequelas...

Onde estão os valores da família? E nossa privacidade, intimidade?

Se eu já não acreditava no amor homem-mulher por razões próprias, desacredito mais ainda sabendo que tem gente comemorando esse tipo de App. Gente de 30 anos ou mais escolhendo "#"!!! Na boa, vai se foder! #vaisefoder

De verdade eu espero que a vida me mostre pessoas com conteúdo porque estou desanimada, MAIS desanimada ainda. Para mim só Odontologia, Pole, Yoga, minha família e amigas. E sabe o que é pior? Eu sou obrigada a me DESCADASTRAR do programa TUBBY para não ser "avaliada".

Achei o cúmulo ter que perder horas do meu dia cheio de coisas pra pensar e fazer, atrás de evitar que citem meu nome em qualquer porcaria! E dizem que há outros programas...



Então para finalizar vou deixar meu hashtag também: #nãoenchammeusaco #cultiveoamoraopróximo #façaobemsemolharaquem


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

São só garotos.


Sempre disse que os homens são muito melhores que as mulheres, que prefiro o convívio com eles, que se pudesse escolher teria nascido macho (e que seria gay).

Ainda penso tudo isso. Tenho certeza que homens, em sua maioria, são amigos unidos, parceiros e não costumam ser competitivos e invejosos como são as mulheres. Porém, toda essa parceria bonita e fidelidade não se estendem no relacionamento com nós, mulheres patifes.

Patifes sim.

 A sensação que me dá é que a carência que nós sentimos é determinada geneticamente.

Todas as minhas amigas e conhecidas têm aquela ânsia em encontrar o cara bacana.

Aquele, que vai se apaixonar por ela, que vai tratá-la como uma princesa quando estiverem a sós ou no meio da galera, que não vai contar pros amigos como é o sexo, que não vai dizer que o avô está doente pra dar um balão no sábado à noite, que não vai dizer pra rolo antigo que tem saudades da bunda dela...

Pois é, minhas negas. Pois é.

Aí você conhece um fulano. 

Ele é bonito (mesmo que seja só pra você), ele é legal (mesmo que só pra você) e rola um interesse, uma ficada, duas, três, mensagem, whatsapp...Ele fofo, engraçado, te chama de nomes carinhosos e você se anima, se acha especial pra ele.

Sorriso largo quando chega uma mensagem bonitinha!

Parou minha amiga!

 Engole o sorriso!

Guarda esses dentes porque enquanto você se sente feliz com a porra do xavequinho, o tal tá rindo alto, dizendo pros amigos que vai te comer, se referindo a você como estatística, mais uma. 

Competindo com a turma quem enfia mais o pipizinho nos buracos por aí.

Triste assim, sem fofice nenhuma.

Somos pra eles mais um número. 

A mensagem de saudades do teu cheiro que ficou no travesseiro, a parte de te chamar de amor, princesa, vida é tudo da boca pra fora.

Uma breve memória: essa de nos chamar de nomes bonitinhos, um tempo atrás, estávamos eu e uma amiga apaixonadas e os sortudos que eram alvos do nosso amor nos chamavam de vida. A gente tirava sarro, dizendo que eles eram como gatos que têm sete vidas. Infelizmente descobri que nessa época o gato em questão tinha mais vidas que um bichano normal. PALHAÇO! Rsrs

 E esse papinho é ensaiado, falam a mesma coisa pra você e pra mais quantas tiverem dando moral, e a que cair de pernas abertas na cama deles é pura pontuação.

Poucos casais que vejo me fazem pensar que a menina encontrou um cara bacana. 

Aí eu penso “poxa, ele é bacana pra ela, parece morrer de amor, ela parece tão feliz” 

Será?

Será que existem tão poucos bons exemplares assim?  

Afinal o número de mulheres que só reclamam que se fodem com homens babacas é imensamente maior que aquelas que eu vejo em relacionamentos bonitos, que me parecem verdadeiros.

Por que, homens?

Por que vocês são tão ótimos como amigos e tão secos como homens?

Onde moram os que sabem amar? 


Amar de verdade, porque dizer que ama até papagaio consegue.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cão, o melhor amigo do homem.





Hoje eu resolvi falar do amor mais puro que eu já conheci. Me desculpem as mães, os apaixonados, os irmãos, mas eu estou falando do amor entre o ser humano e um cão.

Aproveitando o ensejo da polêmica do instituto Royal e toda revolta que isso me causou e me fez pensar o quanto prezo pela vida dos meus, vou contar um pouquinho da maravilhosa experiência de ter três peludinhos sob meus cuidados.

A parte materna da minha família sempre foi cachorreira, toda a minha infância convivi com eles dentro de casa, tratados como membros da família e sempre amei tê-los por perto. Claro que todos os caninos que comigo viveram até então não eram de fato meus. Eram da minha avó, da minha mãe. Por isso, só fui entender a magnitude do amor que os cachorros são capazes de nos proporcionar quando me mudei pra Ribeirão Preto e coloquei na minha vida a Tulipa e o Nacho. Ah, há um mês chegou minha filha mais nova, a Stella!

Eu digo com toda convicção que uma pessoa que nunca teve um cachorro e desconhece a relação mágica que se estabelece, não viveu o amor mais sincero, a parceria mais leal que se possa conquistar. Desconhece também a inteligência desses animais, a sensibilidade de estar ao seu lado quando você precisa. Diz uma frase que roda nas redes sociais e que eu não sei a autoria “Até que não tenha amado um animal, uma parte da sua alma estará adormecida”.

Eu concordo! Concordo porque os meus animais me fizeram ver a vida de uma forma diferente, mais feliz.

 Fico impressionada como me alegra quando eles deitam pertinho de mim, com carinho.
 Me alegra chegar em casa de saco cheio desse mundo chato e ter três rabinhos balançando, como se eu tivesse sumido por décadas, como se eu fosse a melhor pessoa do mundo, como se eu fosse motivo de uma saudade sem fim.

 Me digam, queridos cretinos, quantas pessoas fazem vocês se sentirem assim sempre? ( Plagiando Marley e eu...inevitável)

Eu disse SEMPRE!

Se eu estiver feliz, num dia ótimo, eles estarão comigo. Se for o contrário, aquele dia caótico, também estarão. Aliás, tenho que contar que a minha Tulinda, que não pede colo porque não gosta, já ficou me rodeando, tentando me escalar, várias vezes em que eu estava muito triste.

 Vai me dizer que foi acaso??

 Ah,  não foi. Ela sempre sabe quando eu preciso de um abraço!! Sabe como me dizer que eu não estou sozinha e que ela precisa de mim e que por essa razão eu preciso estar aqui. E se você tiver um cachorro eu garanto que ele também vai saber!

Ter um cachorro muda sua rotina.

 Tem sujeira pra limpar, tem chinelo roído, comida, água, passeio, banho.

Tem coração apertado em deixá-lo com outra pessoa pra viajar.

É um filho, um amigo, um irmão, um companheiro fiel.

É amor. De verdade. Até que a morte os separem.




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Das coisas que já fiz por um “amor” (ou, por algo que achava ser amor)


Me peguei lembrando que no ano passado fui numa feira de pesca com o falecido. Eu, que detesto pescaria, que entendo de varas e molinetes tanto quanto ele entendia de cores de esmalte, passei um sábado inteiro, inteirinho, em uma FEIRA DE PESCA!!! E olhava entendiada aquele mar de linhas e acessórios, enquanto ele tinha orgasmos múltiplos com toda aquela geringonça.

Estávamos em início de romance. E ele ficou tão feliz de eu aceitar o convite e acompanhá-lo, que foi daquele dia em diante que a coisa engrenou. Não esqueço o SMS do dia seguinte, dizendo o quanto tinha sido bom minha companhia. Eu sorri satisfeita e quase respondi: “Ahh, eu também adorei, só-que-não” (no fim tirei o só-que-não e mandei).

Então comecei a contabilizar quanta coisa já fiz sem querer, sem gostar, sem ter vontade, em prol de um “amor”. Algumas foram positivas, confesso. Por exemplo, já fui em show de banda que não gostava e passei a amar. Mas também já fui em show de banda que não gostava e detestei mais ainda. Já topei programas que não tava afim. Já engoli amigo babaca. Já deixei pra lá quando o nego (e foi mais de um que já aprontou dessas) bebeu a tarde inteira com os amigos e dormiu (ou disse que dormiu) e me largou esperando. Já arrumei a vida financeira de cabra. Já achei casa procidadão alugar pra morar.

Você vai dizer que o que importa é fazer de coração e agradar quem está ao seu lado. E eu concordo. Tudo que fiz foi de coração. Inclusive ceder e fazer o programa que o outro curte. Mas, na real, olhando pra trás (e não tão lá atrás assim), acho que fui mesmo é uma otária.

Fiz porque quis. Porque estava apaixonada. Porque que sou parceira. Porque sou legal pra caralho. Mas fiz mais porque sou uma idiota (e uma idiota dedicada), acima de tudo.

E digo isso porque comecei a pensar O QUE esses mesmos cidadãos fizeram de tanto por mim. O quanto aturaram meus programas ou procuraram fazer minhas vontades, meus gostos. O quanto se importavam com o que eu queria e sentia. E lembrei, com tristeza, que não estou com nenhum deles até hoje porque sou perita em escolher homem egoísta.

Afinal, me achar maravilhosa por aturar um dia chato pra caramba na feira de pesca é fácil. Difícil é ir na festa junina com minha família e esperar comigo meu sobrinho ir no brinquedo. Difícil é trocar a lâmpada queimada na minha casa. Difícil é pegar a estrada e vir me ver em Indaiatuba. Difícil é deixar o churrasco, uma vez que seja, pra ficar comigo.

Não vou ser injusta, eles até fizeram por mim. Mas eu sempre fiz antes e SEMPRE fiz mais. Muito mais. Tapada. Sou uma tapada do amor.

Me dedico demais. Me doo demais. Me ferro demais. E me pergunto, será que sou a única mulher assim ou é da raça mesmo?

Mas dizem que abrir os olhos e se conscientizar é o primeiro passo da mudança. E eu, que sempre me amei muito e soube meu valor, agora vou aprender a ser um pouco egoísta também. EU venho antes. O que eu quero e o que eu gosto. Acho que envelhecer é isso: aprender a SE fazer feliz primeiro.

E esse tipo de decisão não é pra ter um relacionamento melhor com o sexo oposto. Não, não. Essa decisão na verdade é crucial pra ter um bom relacionamento consigo mesma. Uma relação de paz de espírito e respeito com as minhas vontades.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Hoje foi dia de auto análise, bebê.



Quem me conhece um pouquinho sabe que eu estou longe de ser uma pessoa alegre, amante da vida. Passa longe de mim essa coisa de positividade, de achar o lado bom de tudo que acontece. Não é à toa que, com esse humor obscuro, me sobrem poucas companhias.

Eu lembro de muito pequena ter crises de choro, de me sentir sozinha, de me achar estranha. 

Veio a adolescência e essa idéia de que havia algo muito errado comigo se consolidou quando eu tive uma paralisia facial. Acho que foi nesse momento que se instalou meu caos psicológico. 

Aliás, não acho, tenho certeza que desde então eu nunca mais tive forças, tão pouco alicerce familiar pra superar essa dor e manter minha auto confiança e amor próprio. Depois dos treze anos todas as minhas memórias são, de certa forma, tristes.

Hoje, aos trinta, eu choro em todo aniversário  e ano novo porque nunca encontrei um motivo que realmente me entusiasmasse a viver. 

Achei que poderia ser a medicina, que fui cursar mais tarde do que o padrão da idade de um calouro, mas estava errada. Também achei que seria uma família que formaria com alguém que amava, de novo errada. 

Sempre fico pensando que se não há esse fogo de viver, se não consigo achar um caminho que me faça feliz, não há qualquer razão pra continuar aqui. E nesses momentos de angústia eu penso em mil maneiras de acabar com essa existência inútil. 

Só penso, porque a covardia não me permite pular do décimo primeiro andar. A culpa me impede. O peso de deixar pra trás pessoas que vão se culpar pelo meu insucesso não me deixa. E aí eu começo a sonhar com o que eu nunca vou ser, com o que eu nunca vou ter. 

Sonho que fui criada num lar de amor, que mãe, pai e avós mantinham um relacionamento saudável. Sonho não ser tão baixinha, tão estranha, sonho sorrir sem sequelas da maldita paralisia. Sonho em ter muitos amigos, um amor de verdade. Sonho que meu crm já está nas minhas mãos, que eu nunca escorreguei em dp, que eu nunca demorei pra entrar na faculdade. Sonho em ser competente em tudo. Sonho, sonho e sonho e fico com a certeza de que eu só seria feliz se pudesse mudar tudo isso. 

E eu não posso mudar praticamente nada, não é? Eu tenho que me aceitar, não é??

Pois bem, até hoje não consegui. Continuo achando que estou nessa vida gastando oxigênio, ocupando espaço, ainda que pouco.

Hoje foi mais um dia desses, de desejos de mudanças impossíveis, até ficar sabendo de algo que me fez pensar que eu posso estar muito enganada.

Vi alguém que tinha tudo que eu queria ter, que era como eu queria ser e que desistiu de estar aqui. 

Então será que se eu fosse a camila que tanto idealizo seria feliz?

Será mesmo que em condições diferentes eu dormiria agradecendo pelo meu dia e esperando acordar na manhã seguinte?

Já não sei de mais nada.


A vida é mesmo uma piada suja de humor negro. 

Daquelas bem sujas, daquelas bem negras.

domingo, 6 de outubro de 2013

E enquanto isso depois dos 30 anos...

Mais um domingo ocioso da minha agenda que acaba virando texto. Então vamos lá, falar dos 30 e poucos, já que sou a única cretina com essa (doce?) experiência!!



A crise dos 30 é fato. É quando a gente se toca que está pisando num terreno desconhecido até então - o do envelhecimento. Rola várias cobranças e uma "viagem" interna do tipo "o que estou fazendo?? e para que?". Complexo... é A palavra. Haha.

O que vem depois, o pós 30 é diferente. Pior em alguns pontos, melhores em outros. Só quem já passou dos 30 vai entender o que estou falando. É foda!

Sem dúvida alguma, você tem mais sucesso e mais foco profissional depois dos 30. Ponto para a idade. Mais de 30 vagabundeando é problema. O normal nessa fase é estar estabilizado e sendo bem remunerado. O normal né. E é quando você pode escolher e não ser escolhido, desde que seja um profissional competente.

Com toda certeza, você tem mais pintas e rugas após os 30. Lembra daquele sol do meio dia que você tomou desde a adolescência? Pois é, meu amigo (a) ele está todo PINTADO na tua pele agora! Veja só que bela... BOSTA!

Ahhh fumou? Melhor, fuma?? Que maravilha meu bem! Já se iniciou na seita das uvas passas.

Gosta de comer? Nossa, muito?? Amém!!! Já deve estar competindo com os elefantes para ver quem pesa mais.

Assim é a rotina de pensamentos de quem tem mais de 30! Você deve treinar, vagabunda (o). Caso contrário a celulite e a gordura vão te comer. Protetor solar otário (a)! E dá-lhe cremes anti-envelhecimento, maquiagem, nutricionista, academia, alimentação saudável. Haja grana. Tem que ganhar mais mesmo.

Balada depois dos 30? Cadê a paciência... e ficar bocejando é chato! Então vamos sair para comer ou quem sabe nem isso, vamos dormir mesmo. Só em épocas específicas você encontrará esse ser nas ruas, tipo festas de final de ano e carnaval.

Tudo agora pesa mais, muitas vezes literalmente! O medo de errar, de sofrer é maior também. Se jogar de cabeça é coisa da molecada. Uma mulher e um homem conscientes vão devagar e pensam antes de agir. Malas. Ok, sou mais que mala nesse aspecto.

Bom eu fiquei de falar as partes boas também. Huuumm, é... ao menos com mais de 30 você pode comprar mais coisas, especialmente as que façam você parecer ter menos idade. E também agora você tem grana para ir pras baladas ou fazer uma loucura de viagem no final de semana. Só que você não quer... mas se quisesse teria como!! Na verdade, quero chegar no seguinte ponto: após os 30 anos você tem mais poder, segura melhor uma decisão, tem um gosto melhor e mais certeza do que te agrada. Também é menos inscontante e mais culto. A educação costuma melhorar e já temos um lado espiritual mais aguçado.

Mas é aqui que você vê onde está a graça de viver. Você procurou tanto e cavou tanto até os 30 e agora você já sabe. Não adianta cavar, nem procurar... tem coisas que realmente tem que ser do jeito que são. Nem tudo são escolhas, ao menos não conscientes. E sabendo disso o coração se aquieta e deixa a coisa rolar. Enxergamos que nada que vem a força é nosso. Tipo os planos que eu tinha desde os 18 ou menos até. Eu tinha planejado tudo bem diferente do que vivo agora. Não digo que melhor, apenas diferente.

Aos menores de 30 anos fica a dica: parem de fumar, usem protetor solar, aprendam a comer de tudo em pouca quantidade, beba socialmente e se exercite! Você irá me agradecer no futuro! Rs

Já aos maiores de 30 anos, só uma coisa: olhem no espelho e saibam que o que vêem é exatamente o que plantaram. Merecido.

E não me venham com chorumelas.

domingo, 29 de setembro de 2013

Cabeça vazia, oficina do diabo.



Sempre admirei quem luta para chegar no topo. Quem sonha alto e batalha seus objetivos. Ninguém deixa de ser honesto se trabalha pra caramba para chegar onde deseja e, porque não, ser um dos melhores no que faz. A ambição na dose certa não é prejudicial.

O objetivo de se ter um trabalho, um negócio, uma empresa nem sempre é se tornar rico. Para muitos o sucesso financeiro não vem em primeiro lugar, é uma consequência. O importante é estar neste mundo criando algo, servindo para alguma coisa. Ninguém veio aqui a passeio, meus caros. Se você está passeando está deixando de evoluir como ser humano, pode acreditar.

Ficar de papo para o ar, se enchendo de vícios, com dó de se desgastar, não é digno de admiração. Não é motivo de orgulho. Se quer exemplo, Deus trabalhou 6 dias e descansou 1, segundo a bíblia. Jesus veio aqui e pregou sem parar. Então achar que "aproveitar a vida" é o que Deus espera dos seus filhos é desculpa.

Aproveitar a vida é digno sim, mas nas horas vagas, no momento que você já teve seu dever cumprido. Nunca vi ninguém viver bem sem grana. Desculpa aí, mas somos capitalistas. Se você não tem, passa vontade. Uma coisa é não ter oportunidades, outra é escolher e achar desculpas para ser um zé. Sempre alguém vai me achar inflexível e má porque vai lembrar de exemplos como Chico Xavier e donas de casa e mães. Mas o Chico apesar de não ser remunerado, trabalhou muito! As donas de casa e mães também, estão cuidando de suas famílias, educando seus filhos e deixando tudo limpo e organizado. É trabalho do grosso. O exemplo que estou dando é do marmanjo que não produz nadinha!!

E mesmo quem não teve oportunidade pode lutar. Odeio gente conformada. Aquele tipo que vende o almoço para comprar o jantar e ainda assim, se acha! Conheço muita gente que está na merda, dando golpes mas não se sujeita a ser um trabalhador. Não aceita menos que os holofotes. Se acha artista e só tem roupa furada.

Eu nem ligo se sou formada e pós graduada, faço faxina na minha academia e pinto minhas unhas quando preciso. Também instalo tudo por lá, com ajuda dos meus pais ou de amigos. Não contrato ninguém pra pintar as paredes, eu dou conta e sempre tem quem me ajude!! Gosto de aprender um pouco de tudo.

Trabalhar não é um castigo. Trabalho é a única coisa na Terra que o ser humano faz em benefício da sua própria mente. Os exemplos são claros. Pessoas que trabalharam a vida toda, quando aposentam ficam depressivos. Os que nunca trabalharam são sempre depressivos!! Já viu pessoa que reclama mais do que quem tem tempo para pensar asneiras?

Então não venham me dizer que "perdeu" de viver trabalhando! O seu trabalho é o que você é. Sem essa luta fica tudo muito vazio...

E nem todo trabalho dá retorno financeiro, mas se é o que se faz bem e te sustenta, já é válido. Mas nada é desculpa para ser uma pessoa ociosa. Nada.

E é por isso que dizem por aí: "Cabeça vazia é oficina do diabo". Pode crer, é mesmo!!!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pra você, uma dose de tristeza.


Uma vez, em uma das minhas antigas consultas ao psiquiatra, Dr Edson me disse que pedia em suas orações um pouco de tristeza e angústia (depois de milhares de queixas minhas sobre esses sentimentos) argumentando que sem esses momentos ruins um ser humano decente não se forma. Fiquei pensando sobre isso um tempão sem realmente entender o que ele tinha me dito.

Hoje eu posso dizer que entendi. Entendi que a dor te faz olhar pra dentro e refletir. E que a partir dessa reflexão que a gente molda nosso caráter.

Quando sua família vive o caos, quando alguém que você ama morre, quando você leva um pé na bunda regado a galho, quando um amigo puxa teu tapete, quando se ferra na faculdade, quando perde um emprego ou qualquer situação filha da puta que te doa à alma, o mundo parece parar pra você pensar sobre a vida. E nesse momento, se sentindo uma merda, é que começa a cair à ficha de que não se poder ser tão frio, tão raso, tão prático.

Conheço pessoas que nunca passaram por nenhuma das tormentas que eu disse aí em cima. E parece uma puta dádiva não ter passado por isso tudo, né? Mas não, não é nada vantajoso chegar à idade adulta sem ter tomado as rasteiras que vida nos dá. 

Honestamente, não vejo a possibilidade de matar o egoísmo inato do ser humano sem experiências de vida que nos machuque. E é por isso que hoje, com nó na garganta e uma visão muito clara do que vivo, quero te desejar de todo meu coração, que você sinta o gosto da tristeza, da angústia, da autoestima ferida. Uma noite de choro sozinho com seu travesseiro, um dia sem apetite, um momento cinza sem esperança. E se achar que estou te desejando o mal, não estou!

 Desejo apenas que você amadureça que seja bem melhor do que é hoje.

Viver de verdade não é ter papai/mamãe/vovô/vovó mastigando e te colocando tudo na boca. Iludido aquele que pensa que isso é vantagem.

Viver de verdade não é dizer que ama alguém, pegar outro escondido e se achar espertão para os amigos. Perdedor aquele que pensa que isso é divertido.

Viver de verdade não é passar a perna no amigo por causa de dinheiro. Desprezível aquele que acha que ambição é qualidade.

Pra mim, uma dose de paz. Pra você, uma dose de tristeza.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Para que RAIOS você namora?

Acredito que o real motivo para se namorar ficou esquecido. E qual seria o motivo senão um "test drive" para o casamento? Um "drive thru" para o felizes para sempre e até que a morte os separe?
Foi assim que aprendi, foi com esse intuito que meus pais (meu exemplo perfeito) namoraram. Foram 5 anos. E foram anos trabalhando e pensando no futuro a dois. Claro, isso a 35 anos atrás, na atualidade os casamentos são mais tardios e as opções bem recheadas. Tem muito cara se sentindo na "candy shop" do amor...

Como somos imaturos por mais tempo, normal que o primeiro namoro enquanto se é bem novo ser apenas para saber como é, testar, entender a dinâmica. Válido. Mas poxa, passou dos 25 e já teve uma experiência de namoro ao menos, tem que pensar diferente hein?


O problema é que vejo pessoas de 25, 30, 40... namorando para não ficar sozinho (a) ou por algum outro interesse babaca, menos o de um dia se amarrar a tal pessoa. Claro, dúvidas existem, mas estou falando daqueles que realmente sabem que nunca mudarão o status de relacionamento com o ser (nada) amado (a).


Os homens são campeões nisso, iniciam um relacionamento qualquer e vão deixando rolar. Quando se dão conta estão num enredo de 1001 táticas femininas para que assuma o relacionamento com ela. Muitos se deixam levar pelas chantagens emocionais e são como peões num jogo de xadrez, pouco movimento e o primeiro a morrer no caso de problemas. E ela fica insistentemente cobrando e reclamando, pedindo, querendo mais, do cara que não faz tudo que ela quer. Mas ele sabe sim o que quer. E é te dar balão pra continuar caçando, enquanto você perdoa o seu peãozinho depois de chorar litros quando ele te decepciona.


É trauma pra todo lado; ele que não aguenta mais mulher pegajosa e insistente. Ela, vítima de um safado e acreditando que ninguém presta.


Pior é quando "isso" se arrasta durante anos. A mulher, óbvio, começa a pressionar para que o relacionamento se torne mais sério (ela quer casar) pois já está na hora! Aiai... minha nossa senhora das causas impossíveis! Rs.


E por que estou falando tudo isso? Nem é minha realidade... bom, um dia foi! Claro, descrevi uma experiência. Sei lá, só uma constatação de que nosso foco muda. Enfim, continuando, faz-se todo um enredo baseado em sonhos e mais ainda em ilusões, onde transformamos um sapo em príncipe com nosso poder feminino de encher o saco!! Santa paciência um homem precisa ter para aguentar esses bichinhos! Haha.


Aí, cedo ou tarde, você descobre que o mais gostoso e natural é quando ambos querem e não há pressão. Oh preguiça de ver pessoas lutando bravamente por alguém que não as quer. Não se briga por sentimentos, não se pede, não se implora! Sentimentos vêm de dentro para fora, ou eles existem ou não existem.


Ficar pressionando uma pessoa é perda de tempo. Se você consegue o que quer, no final vai provar o gosto amargo da desilusão... então, foda-se a possessividade, o ciúmes e o orgulho! Fodam-se as convenções sociais!! Viva o AMOR. Principalmente o amor próprio. O namoro, a meu ver, é a busca de amor, carinho e da união. Não tem lugar para falta de respeito, egoísmo e desinteresse. Mais que amar, é importante se deixar ser amado (a).



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Chinelaterapia


Queridos rapazes, não acreditem quando uma mulher disser que é equilibrada. Que não tem ciúmes, nem desconfianças. Desconfie daquelas que não cobram nada e não ligam de serem trocadas pelos seus amigos num sábado à noite. Se for assim, pode apostar, ou ela não está tão interessada quanto você pensa ou tem outro(s) na parada. Ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Quando está interessada/apaixonada/amando, TO-DA mulher surta, sem exceção. A grande diferença é que algumas dão barraco e outras se mantém na pose do “nada aconteceu”. Vamos aqui falar das com classe, que seguram a onda. Porque as barraqueiras vocês já sabem no que dá.

As que abafam o surto possuem, de fato, o que pode se chamar de “equilíbrio feminino”. Sabem o terreno onde pisam. Sabem o que NÃO podem cobrar de um determinado relacionamento. Sabem que às vezes fazem drama, exageram e que é melhor respirar fundo antes de cravar uma faca nas costas do cidadão. Mas sabem também que tomar balão é opção. Ninguém morre por retirar o time de campo quando não há respeito.

A questão é que até tudo isso ser racionalizado e digerido, quem sofre com o surto sempre é a best friend. É um mimimi sem fim. Rola bipolaridade, chororô, xingo, perdão, xingo outra vez. E a amiga tá lá, ouvindo todas as teorias, todos os detalhes da história, ajudando a avaliar, analisar, a botar panos quentes e, claro, a xingar o cretino, caso necessário.

Porém, há um certo limite. Chega uma hora que você vê sua amiga se estrebuchando no chão da amargura e não há outra opção a não ser aplicar as técnicas da chinelaterapia. Eu explico: toda vez que uma amiga que tenho muita liberdade (como as Cretinas) passa do limite estratosférico do drama mode on, eu as ameaço que se não pararem em 3, 2,1, vão apanhar de chinela. É a senha: parou com o exagero!

Minha terapeuta (Inês, te amo! Hahaha) me ensinou a me chamar pelo nome e bater os pés nos chão quando eu perceber que estou viajando. E sempre tem aquele momento que você percebe. É nessa hora que tem que haver o auto-tapa-na-cara. E acredite, é incrível como “se chamar” de volta para a realidade dá certo. E como sou boa demais pra guardar esse “poder” comigo, aplico também em quem eu amo. O “parou com o chilique” funciona.

Porque tem coisas que nós mesmas não enxergamos, por mais “equilibradas” (lembre-se do que eu já disse sobre esse conceito) que sejamos. E tem coisas que até vemos, mas fingimos que não. Mulher é bicho metido a ser dono da razão e tenta ignorar o fato de que está exagerando. Mas nada que uma chinela voadora e com muito amor, bem no meio da fuça, não resolva. E isso vale pra vida, viu? Não só pra relacionamentos amorosos.

Portanto, lembrem-se: às vezes sua amiga precisa mais do que compreensão. Precisa de alguém que puxe seus pés para o chão de forma prática e não de mais uma maluca que dê asas às suas neuras. Isso também é dar apoio, também é estar ao lado. Também é amar. 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O mimimi dos 30


Eu fiz 30 anos. Merda! Não queria, nunca quis.

Quando adolescente, eu fazia planos suicidas, porque não queria envelhecer. Continuo não querendo... OPA! Peraí, já envelheci um monte. Que pavor desse tempo que voa! É por causa dessa minha neurose com a passagem do tempo que tudo na minha vida acontece mais tarde. Inconscientemente me boicoto, pra não ter que encarar a vida adulta. Maldita síndrome de Peter Pan...

As pessoas da minha faixa etária se formaram, trabalham, constituíram família ou estão bem próximas disso, eu não. E é óbvio que isso me preocupa, me chateia, mas fui eu mesma que me enfiei nessa cilada, não foi?

Imaturidade!

Não estudei o suficiente pra passar em medicina e fui cursar a segunda opção. Abandonei o curso de veterinária, na época um grande alívio e hoje um grande arrependimento. Recomecei e passei em medicina com 25 anos. Porra, 25 anos não é mais idade de recomeçar algo tão complexo. Falhei, é claro. Como eu não falharia se sou tão boa nessa arte??!! Enfiei o pé na DP, somei a imaturidade à minha burrice e me enrolei ainda mais nessa mesma DP. Parabéns, Peter Pan! Vamos lá pegar o diploma aos 45 anos na Terra do Nunca. Super natural viver de mesada do pai nessa idade... Que presente de filha, hein papai? Puro orgulho!

Quando eu achei que tudo havia entrado nos eixos - estava cursando medicina, namorando com planos sérios de casar (sérios pra quem mesmo?) -, levei a maior galhada do planeta, um lembrete do universo que comigo nada acontece como manda o figurino. Meu tempo é diferente, é retardado. E quando ele tenta acertar os ponteiros, de alguma forma muito sádica eu consigo atrasar tudo de novo.

Sim, eu sei que eu sou dramática, que nós atraímos o que pensamos e que esse meu hábito ruim de me colocar sempre pra baixo me trouxe até aqui. Me culpo todo dia enquanto passo meu creme anti-rugas e penso que meu pai pode reclamar do valor da fatura do meu cartão (com to-da razão), quando vejo meus livros de medicina pela casa (aqueles, que já deveriam ter sido estudados), quando vejo minhas amigas felizes com seu filhos no colo... é inevitável não me sentir um fracasso. E ao invés de me acalmar e traçar um plano pra resolver meus atrasos, eu choro. Feito uma criança escondida no banheiro ou no meio da noite com o meu travesseiro.

Será que um dia isso passa? Será que eu e o tempo ainda seremos amigos?

Há 30 anos que brigamos em todos 17 de agosto.
Há 30 anos que eu não vejo razões pra celebrar mais um ano de existência.
Muito triste eu me fazer tão mal...
Muito triste eu estar sempre tão triste!


Obs: Desculpem aí a lamentação, estava engasgado desde sábado. Vou ali assoar meu nariz entupido e curtir a que já insônia se instalou.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mais uma de (des)amor


A diferença entre entrar com a cabeça num relacionamento e de cabeça é enorme... e geralmente os resultados também são bem diferentes! A razão faz você ficar atento às atitudes que envolvem o caso e a emoção faz com que você se cegue e queira acreditar no que não existe.

Vou falar mal da ala masculina! Hahaha.

Promessas, conversas, mensagens, encontros e... mudança! Sim, no início você ouve de tudo, tem muita menina que escuta o "I love you" em uma semana. Deus me livre, nossa senhora da carência que me proteja!

O fato é que está tudo lindo e tudo tão esclarecido (você acha!) e de repente tudo muda. E é assim que muda, do dia pra noite e sem aviso prévio. O grande amor vira pano de chão de rodoviária e só deveria ter um destino; o lixo.

Pra quem entrou com a razão é exatamente isso. Deleta e vai pra lixeira. Pra quem entrou com a emoção aí entra o desespero. Querer recuperar arquivo danificado, baixar tudo quanto é programa antívirus e virar a noite pesquisando pózinhos mágicos para a cura do coração partido.

E não pense que o Dom Juan da feira não vai virar um abacaxi na sua mão, porque vai! Vai tentar te confundir fingindo da forma mais calórica ser doce quando na verdade está cheio de espinhos perfurando suas lindas mãozinhas. E tome desinteresse, e tome interesse! Num vai-e-vem frenético que racha a cuca do mais duro côco que já se ouviu falar.

O que antes era "bom dia amor, dormiu bem?", agora virou algo como "bom dia" mais desanimado possível e que não desenvolve assunto algum.

Não caia na tentação de crer que onde tem fumaça não tem fogo.

E aquele ser que prometeu ser sincero na hora que queria te conquistar é o mesmo que agora finge que nada aconteceu só pra te manter caso seja necessária. E cabe a ti perceber que isso não fará bem e seguir com dignidade o seu rumo.

Pois, como costumo dizer, as palavras encantam mas só as atitudes têm valor. ;)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mais uma de amor



Eu não sou - nunca fui- uma pessoa muito romântica. Nunca sonhei, por exemplo, como seria o dia do meu casamento ou em ter filhos e quais seriam seus respectivos nomes. E não é que eu não queira essas coisas. Eu quero (o 2º item eu quero só se tiver o 1º, claro, rs). Mas é que sei lá, sou mais emoção do que razão pra muitas coisas, mas aparentemente, e eu disse APARENTEMENTE, pro romance ao estilo love is in the air, nem tanto.

Pode perguntar a qualquer um dos meus ex-namorados. Eles dirão que sou carinhosa, que sou atenciosa. Nunca romântica. Sempre fui a namorada engraçada, a divertida, a moleca. Repito: nunca a romântica. Parece que sou prática demais para isso. Talvez seja por isso que nunca, em minha vida, recebi flores ou uma bela surpresa de amor.

Então, há algum tempo, venho me perguntando: se é assim que sou, por que motivo, WHY GOD, eu choro tanto em filmes de amor? Se não sou esse poço de mel de laranjeiras, porque me comovo tanto ao assistir histórias que retratam a superação através desse sentimento e blábláblá?

“O amor é tudo” – disse hoje a personagem de um desses filmes. E eu chorei. Pra variar.

E me dei conta que talvez eu chore por medo. Medo de não descobrir se o amor é mesmo tudo isso, a não ser pelas imagens projetadas na tela. Cenas de um amor perfeito, com final feliz, que dura duas horas, até eu desligar a tevê pra ir dormir.

Tenho medo até de nunca ter amado. Fico pensando que, se eu não sei se amei, se não senti nada tão avassalador assim, é porque,de fato, nunca amei. E tenho medo de ser assim pra sempre. Porque, se o amor é mesmo tudo, vai sempre faltar algo pra mim.

Ou será que nós superestimamos o amor?

E você pode dizer que eu sou dramática (e de fato eu sou) e argumentar que tenho apenas 28 anos (29 em pouco mais de dois meses) e ainda há tempo pra isso. Mas não pode me chamar de covarde por ter medo.

Eu sou corajosa porque acredito no amor. Não tenho certeza se vou encontrá-lo, nem que vai ser tudo isso. Mas acredito nele. E azar de quem acredita que ele é apenas um detalhe na vida. Porque não é. Um detalhe é ter um carrão ou o celular mais moderno. Um detalhe é ter muito dinheiro. Um detalhe pode ser até o lugar onde se vive. O amor não.

E mesmo que eu não venha a vivê-lo de forma tão intensa, vou continuar a apreciá-lo. Vou me permitir a me emocionar com cada happy end na telinha. Vou continuar a ter fé que um dia vou ser naturalmente romântica e vou ter certeza. Certeza que é amor.

Porque não?  

domingo, 14 de julho de 2013

O que é maturidade?!

O povo fala tanto sobre ser maduro... mas será que alguém sabe o que isso realmente significa?

Sei que a maior parte das pessoas, inclusive eu, se acha madura. Quando você tem 25 anos, por exemplo, acha que já é maduro, porque quando tinha 15 anos fazia agia de tal forma e depois aprendeu com isso e cresceu. É verdade que nós amadurecemos sim com as experiências da vida. Mas é verdade também que ninguém sabe o que é ser completamente maduro. A não ser que você seja uma fruta, aí saberá. Hahaha




Tem muita coisa legal que aprendi vivendo e tem muita coisa que dispensaria fácil. Algumas lições são cruéis demais, sei lá se precisava tanto! O fato é que se gostar é essencial. Tem gente de 50 anos que se odeia e tem outros de 15 que se amam. Pra mim, o segredo é esse: se amar. Não com aquele tom nojento, narcisista e egoísta que não enxerga nada à sua frente. Eu digo se amar com o ar sublime de quem se aceita, se cuida e se protege. Quem se ama, meus amigos, distribui amor, compaixão e solidariedade.

Você tem que se amar para se aceitar, aceitar o mundo e as pessoas como elas são. Não perca seu tempo acionando todo seu emocional para mudar alguém. Deixe se aproximar quem pensa como você e afaste quem não pensa. Afinal, pra que se desgastar?

Sem me desgastar, vou me aceitando assim do jeito que sou e gostando muito do que posso fazer. Sendo assim, aceito a todos também do jeito que são e até gosto dos defeitos de muitas pessoas também, não somente das qualidades. Não levo nada para o lado pessoal, afinal cada um é cada um.




Experimentar essa paz e liberdade do espírito é muito, muito bom. Não sou de ninguém, nem serei. Não vou nunca dar garantias eternas, nem todo meu amor, nem todo meu raciocínio. O meu tempo todo então, impossível. Não sei mentir, não gosto de mentiras e quem quiser lidar comigo que coloque isso na primeira linha.

Mas se quiser fazer parte da minha vida, serão bem vindos. Bem vindos na parte que não me cobra, que não me pressiona e não tenta me dominar. Do seu ciúmes e da sua posse eu quero distância. Não demonstre isso perto de mim ou vou me sentir com você colado na sola do meu sapato. Ao invés disso, me encante com atitudes bonitas e de caráter. Esteja a meu lado para o que der e vier e terá uma eterna companheira.

Não sei mesmo se amadureci ou se sou uma criança brincando de vida! Sinceramente, me sinto na segunda opção. É mais leve ser uma criança brincando e eu adoro isso. E assim como uma criança devolve ao mundo o que recebe, também vou assim... e não adianta dizer que me adora e agir como quem não gosta. Eu estou ligada nas atitudes e não nas palavras. Eu entendo um carinho, mas não assimilo um elogio.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Insônia - o samba do crioulo doido dos demônios da mente


Sexta-feira,1h da manhã. Noite fria e eu nem pisco.



Isso graças a visita de uma companheira de longa data, com a qual eu já tentei, por diversas vezes, terminar o relacionamento. Mas já que ela insiste, apresento a vocês a Dona Insônia: uma grandíssima filha de uma puta barata que domina todos os mais perversos demônios que assombram minha alma.

Além de mim, alguém já parou pra pensar que alguns momentos, quando estamos a sós, servem pra colocar pensamentos em dia, analisar fatos e entender coisas que ficaram obscuras nas nossas idéias?

Tipo, dirigir na rodovia, pra mim, é o melhor momento pra compreender sem me massacrar de críticas. Muitas vezes eu entendo as origens dos meus medos e inseguranças e até me dá uma sensação de competência por desvendar, esclarecer e perdoar a mim e a quem por acaso tenha me ferido. Adoro dirigir na rodovia!!!

Outro momento é o banho. É nele que eu viajo imaginando, de forma infantil estilo Disney, como seria se a minha vida fosse assim ou assado...
Invento histórias de um mundo ideal e saio do banho limpa física e psicologicamente.

Aí vem o problema: quando a Dona Insônia - prima da Dona Morte e tão assustadora quanto-, entra no meu quarto, trazendo as bestas rosnando em coleiras finas, e se senta ao meu lado, na cama. De caráter mais sujo que pau de galinheiro, a bandida começa a falar baixinho, num timbre de arrepiar os cabelos, sobre todos os meus erros, medos e defeitos.

Me mostra filmes de hoje projetando um futuro ruim pra qualquer plano de vida que eu tenho. Faz um retrato horroroso de mim, aumentando tudo que é ruim. E então, acabo entrando numa paranóia tão grande que me faz até pensar em me atirar da janela do 15º andar (...ela se jogou da janela do quinto andar, nada fácil de entender...).

Não adianta toma chá de camomila ou qualquer outra erva. Pode me dar uma piscina olímpica pra beber, que só vai servir pra me fazer urinar sem parar. Dramin até derruba, mas é um sono ruim, pesado, pastoso e na hora de acordar você fica retardado. Somando o meu retardo natural ao acréscimo do retardo do Dramin, eu fico tão apta a pensar e agir quanto uma acelga,. Por isso logo desisti desse método de chutar a senhora Insônia.

Cansada, mal humorada e deprimida, fui num psiquiatra too much crazy! E dá-lhe ansiolítico! Funcionou por tempos, aliás, ainda funciona. O problema é que eu sou tão amável que a Sra. Insônia duela ferozmente com as minhas pilulinhas, só pra matar a saudades da sua pequena vítima sugestionável.

E hoje foi dia dela! Depois de bater o rosto e fazer um cortinho perto do olho esquerdo, piorando o que a natureza não ajudou, ela entrou no quarto, com aquele olhar de cigana oblíqua e dissimulada (permita-me, mestre Machado de Assis, copiar esses tão batidos termos) e me tirou a paz da noite com as suas teorias da conspiração que me soam tão convincentes.

Está feliz em me ver, velha companheira? Eu não.


Desejo um sono tranquilo pra quem não recebeu a visita dessa maldita insana!


terça-feira, 2 de julho de 2013

Mais uma de amor

 



O amor é brega, disso todo mundo sabe e, na grande maioria dos casos, as mulheres exageram na dedicação. Priorizam a felicidade do amado e acabam deixando de lado uma parcela do seu amor próprio. Como sempre, falo por mim e pelas minhas experiências de vida.

Eu sou assim. Quando me apaixono fico cega, idealizo, sofro quando algo dá errado como se fosse morrer. E dói o peito, dói o estômago, dá insônia, falta de apetite...ôôô diaxo!

Meu primeiro amor de infância ficou no platonismo, mas foi um amigo querido por muito tempo e que eu espero que hoje esteja feliz com a sua família. Aí vem a saga dos namoros!

O primeiro foi juvenil ao extremo, cheio de ciúmes e chatices. Namorei anos e no último ano de namoro eu preferia escalar o Everest a vê-lo. E é engraçado que, depois de anos sendo um maluco, quando percebeu minha falta de ânimo resolveu transformar-se em príncipe...to late, my dear!

Depois disso tive um “meio namorado” por quem eu me apaixonei à primeira vista. O único porém é que depois de muitas idas e vindas descobri que, além de mim, outras duas meninas também achavam que namoravam o metido a garanhão. E achei que ia morrer de tristeza, porque o amor que eu tinha era muito. Pra minha vingança interna, anos depois me pediu desculpas e disse que tinha percebido que era comigo que ele tinha sido realmente feliz. De novo, to late, baby.


O terceiro namorado foi a pior história ever! Quando ele me xavecou pela primeira vez, mandei ele tomar no cu (sim fui extremamente grosseira porque ele namorava). Depois de anos, quando ele estava solteiro, rolou amor à segunda vista. Achei que era com ele que eu iria casar, pelo andar da carruagem. Nunca brigamos, nunca nos tratamos mal e ele fazia tudo pra me agradar, até que me colocou o maior par de chifres da história, e se casou com a garota em pouquíssimo tempo. E lá se foram de mim mais anos perdidos de dedicação e respeito absoluto. Paciência, pessoas não são propriedade e aprendi isso depois de, mais uma vez, quase morrer de tristeza.

Tempo longo demorou pra que eu realmente me interessasse por alguém daquele jeito: frio na barriga, ansiedade pra ver o tal... e pronto! Amor à primeira vista de novo. E quando isso acontece, tenho a sensação de que tudo fica em câmera lenta e toca uma música romântica na minha mente, cantada pelo Bono Vox, a lindíssima Unchained Melody (ouçam essa versão do Bono, é linda demais).

Acho engraçado o amor à primeira vista. Minha amiga, Ana Flávia, diz que isso acontece comigo porque fui envenenada pelas histórias de princesa da Disney e acredito no amor romântico que só existe nos livros ou na Tv. Talvez ela esteja certa. Ai como isso me dói! Kkkk

Eu sou sim um exemplo de pura breguice quando amo. Me dedico, priorizo, quero colo, beijo, mãos dadas. Quero ser chamada de linda mesmo não sendo a Isis Valverde. Quero companhia pra ficar em silêncio, abraçadinha. Quero declaração de amor, quero me sentir fundamental, e acho que de tanto querer desesperadamente esse amor melado, minhas expectativas acabam frustradas.

Nesses meses todos, eu tenho contido toda essa minha breguice, segurando a onda pra não sair gritando que estou amando mais que o universo, com medo de levar um pé na bunda e ter que enfiar a cabeça num buraco depois de pagar de doida apaixonada, né?!

E então se misturam os sentimentos, porque além de brega eu sou insegura. Tenho medo de perder. Aliás, rejeição destrói o coração e demora pra juntar os cacos. Crio teorias da conspiração, tenho pânico de ex-namorada, de ex-ficante e até de colega de sala, por achar que a criatura amada vai olhar pro lado e concluir que ali é mais interessante.

Eu amo errado, minha gente. Sem medida, como se o mundo fosse acabar amanhã...
E vocês? Quem me entende ou quem me explica como se ama sem doer?

Afinal, para nós exageradas, o amor dói e esse sentimento não tem esse propósito!

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.