segunda-feira, 29 de abril de 2013

Versão de bolso





Admiro tanto homens que se permitem gostar de alguém sem se envergonhar disso. Afinal, querer cuidar e ser cuidado com carinho não amputa seu direito de se divertir, de viver...

Agregar alguém que te dê amor traz uma paz gostosa, sensação doce.

Por alguma razão, meninos tem esse medo de dizer que está afim, gostando, que a quer por perto. Homens não.

Admito que sinto inveja daquelas que encontram um homem que as tratem como princesas, que tem orgulho de dizer “minha namorada, minha companheira” sem medo do sarro que possa existir daqueles que pregam a eterna solteirice.

Ter alguém e não se envergonhar disso não é sentença de prisão perpétua.

Que seja eterno enquanto dure... e verdadeiro!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os opostos se atraem mesmo?




A Lei de Coulomb é uma lei da Física que descreve a interação eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. Traduzindo, essa lei prova que os opostos se atraem.
Não há discussão sobre lei da física quando é ela aplicada na física, certo? Certo! Mas quando utilizada para explicar a relação entre um casal há sim controvérsias.
Eu parto do princípio de que não escolhemos nossos amigos pelas diferenças e sim por termos coisas em comum com a pessoa. Não é impossível ter um amigo muito diferente, mas vamos combinar que este não é o mais companheiro e que está sempre na sua vida. Seu amigo próximo, com certeza, tem muitas coisas em comum com você.


Opostos em seus humores? Sim, aí pode dar certo! Mas com gostos opostos, aí meu amigo, não vejo saída. Não há como sustentar uma mentira. Nossa, peguei pesado!
Mas é que vejo muitos casais onde um dos dois se anula para viver a vida do outro e construir a imagem de "feitos um para o outro". Ela se torna praticamente o moço de saia e passa a agir e fazer tudo que ele faz. Incrivelmente, antes era a maior baladeira e só tinha roupa de patricinha e de repente passa a frequentar lojas de esporte e andar de cara limpa.
Não estou dizendo que você não pode assimilar novidades enquanto está com o love e realmente passar a gostar de coisas que ele faz. Mas abandonar TUDO que se fazia antes e acompanhá-lo 100% nas atividades dele é falta de personalidade e dá a impressão que sua vida não era nada antes de ele aparecer. Caraca, onde você estava antes desse ser surgir? Provavelmente em lugar algum, fazendo nada, apenas esperando seu par.
Isso é cansativo. Acho mais fácil deixar rolar com alguém realmente parecido comigo. Não quero ter que mudar tanto para agradar alguém. Fazer um sacrifício pelo namorado é ótimo e válido, mas se sacrificar o tempo todo para estar ao lado dele é puro engano. Ei sei como é, já fiz isso. Quis me encaixar na vida da pessoa e me ofendi muitas vezes fazendo o que não gostava e abrindo mão do que eu estava afim só para agradar e estar junto. Para pagar de alma gêmea e o escambau. Hahahaha
Muitas vezes fazemos isso porque nem sabemos dizer do que realmente gostamos. Por isso precisamos "nos encontrar" antes de querer adicionar mais água no feijão.
A primeira vez que parei pra pensar nisso foi conversando com uma amiga, advogada, casada e com dois filhos, a Fá. Ela sempre me dizia que a vida de casada é complicada, que filhos dão trabalho apesar de ser maravilhoso e que tudo isso só era amenizado pelo fato de ela e seu marido gostarem das mesmas coisas. Gostam de ouvir as mesmas músicas, ambos adoram programas família como sair para um jantar, um cinema ou viagens, seja com as crianças ou só os dois.
Tenho amigas que fingiam aceitar o jeito oposto do seu parceiro antes do casamento (objetivo cego da maioria das senhoritas) e após o casório se tornam megeras mal humoradas com tudo o que antes riam ou "toleravam". E o coitado do marido não entende nada, porque antes suas piadas eram tão legais, o cigarro não incomodava e o fato de ele ser caseiro era resolvido com um "tudo bem amor, vamos pedir pizza em casa".
Essa história que a gente ouve de que o amor supera tudo é bobagem. Não é à toa que os divórcios estão tão em alta. Pessoas nada a ver fazendo um acordo pra vida toda que só dura uma estação. Ou então eles insistirão e serão infelizes para sempre. Ele, fumando seu cigarro enquanto conta sua piada para o amigo chamando a mulher de cobra. Ela se achando infinitamente incompreendida por aquele moleque que não larga o cigarro e conta piadas tontas ao invés de ajudá-la nas tarefas do dia-a-dia. Não gatinha, ele não mudará por você. Não mocinho, ela não voltará a ser a hot girl do namoro. Vocês tem gostos opostos e mal se encontram, nem para se atrair.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

31 - O ano da beleza feminina





A fase de sua vida em que a mulher está mais bonita é aos 31 anos. Ainda tenho 28, mas não tenho nenhuma duvida de que os estudos que dizem isso estão certíssimos. Tenho a mais absoluta certeza de que sou melhor hoje do que 10 anos atrás, quando eu era magrela e esquisita. E grande parte das minhas amigas seguiram o mesmo padrão: ficaram MUITO melhores nos últimos anos.

Estudos apontam pro fato de que entre os 30 e 31 anos a mulher está no auge do vigor físico e sexual, porque é nesta faixa etária que ocorre o pico do metabolismo. Já uma pesquisa britânica que ouviu mais de 2 mil homens, mostrou que mulheres entre 27 e 30 anos são consideradas mais atraentes do que garotas entre 18 e 19 anos. Mas foram as fotos das de 31 anos as as que mais impressionaram e empolgaram os entrevistados. Um dos principais motivos apontados foi a confiança transmitida por elas.

Os pesquisadores tem razão. Ser bonita é ser confiante. E isso vai além da aparência física. A questão é que passou aquela fase chata em que precisamos e buscamos por nos sentir aceitas. Sabemos nossos atributos. Mesmo que eles não sejam, necessariamente, o abdome mais sarado da cidade ou o cabelo mais liso do planeta.

Eu, pelo menos, me sinto muito, mas MUITO mais à vontade comigo mesma hoje, em todos os sentidos. Me acho mais bonita sim, principalmente porque sei que sou inteligente e divertida e que é isso me torna verdadeiramente interessante. Mas isso nem sempre foi assim. Eu evolui. Em geral, com algumas exceções, nós sempre estamos em evolução.

Hoje, por exemplo, sei que não vou morrer caso alguém fale alguma bobagem sobre mim. Meu sono vai continuar gostoso e tranquilo com meus dois gatinhos fofis, mesmo que alguém faça todas as críticas que desejar. Sei que vou sobreviver caso um relacionamento não dê certo. E ainda mais, aprendi a afastar de mim pessoas e situações que não me fazem bem. Aprendi que eu não preciso aceitar convites sem ter vontade e muito menos estar em todos os lugares para ser lembrada. Quem eu cativar vai pensar em mim, enquanto assisto Friends embaixo do meu edredom.

As mulheres por volta dos 30 realmente são pérolas. Botam no chinelo qualquer garota de vinte e poucos. A questão é que muitos homens preferem as Lolitas justamente porque sabe que é mais fácil dominá-las. Elas aceitam as coisas com mais facilidade e menos questionamentos, porque são menos complexas. Mas logo se enchem de tanta futilidade (que todos nós tivemos nessa idade).

E prova de que o auge é agora e a juventude brilha de acordo com nossa a confiança é que CANSEI de ser xavecada por rapazes mais novos que eu. De 19, 20, 21, 22, 23 anos. Gente que eu tenho que mostrar o documento pra provar que: baby, sou mais velha que você.

Mas, apesar de tanta confiança, as mulheres são um paradoxo, como não podia deixar de ser. Outro estudo diz que 25% delas se consideram velhas aos 29 anos. Faltam 6 meses pra eu chegar la e já estou neste grupo do “ai caraca, tô ficando véia”. É nada é perfeito! Mas pelo menos ainda faltarão 2 anos pro meu ano de beleza!

E você, como se sente na sua idade?

terça-feira, 16 de abril de 2013

A cura para as paixonites crônicas




Benjamim Franklin disse que as três coisas mais difíceis de se fazer no mundo são guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo. Quem me conhece sabe que eu adoro listas de três coisas (as três melhores invenções da humanidade, os três tipos de pessoa que não confio, etc), mas abriria uma exceção e acrescentaria um 4º item neste ranking: arrancar uma paixonite da cabeça.

TODO MUNDO já passou por isso e sabe bem que a dor de não se correspondido é como mil facas penetrando pelo corpo. Dói em lugares que a gente nem sabia que existia.

Infelizmente a vida não é como nos filmes do Telecine, que no finzinho da história rola aquela reviravolta incrível e um “happy end” de tirar o fôlego. Normalmente rejeição termina mesmo com um pé-na-bunda-rapa-fora e não com um repentino “descobri que te amo”.

Mas quando a escolha não depende de você e nada mais resta a não ser juntar seus resquícios de dignidade e tocar a vida longe daquela bolha estranha de sentimento, é incrível como sempre - sim, eu disse SEMPRE - se consegue seguir em frente. É das coisas mais difíceis do mundo, mas é possível.

Machuca bem mais no começo, mas aos poucos a dor vai ficando cada vez mais fina e rasa. E chega um dia que você acorda e percebe que se esqueceu daquilo que um dia achou que era inesquecível. Simplesmente apagou da mente aquilo que acreditou ser pra sempre.

Então você pula da cama, toma o “banho dos revigorados”, entra no carro, bota um som animado e sente vontade de gritar pro mundo no caminho pro trabalho: estou livre, caralho! Free, I'm free, porra!!!

Mas calma, ainda não é aí que você se curou daquilo tudo. Está próximo, bem próximo, mas ainda falta um pequeno passo pra ir em frente de verdade: conseguir se interessar por outra pessoa.

Tá, tá, eu sei que os céticos no amor dirão: mas que bobagem, ninguém precisa disso! Você tem que se bastar e ser feliz consigo mesmo, sem depender de ninguém! Ser um adulto emocionalmente equilibrado, livre e independente.

Mas eu diria que não há absolutamente nada que demonstre mais a sua força emocional do que a capacidade de tentar novamente, sem traumas. A coragem de se arriscar outra vez sem as famosas desculpas individualistas de que o mundo é mais colorido quando se está sozinho. A bravura de dar uma chance, consciente de que se pode errar outra vez e voltar pra estaca zero.

Sim, é no tentar de novo que está a cura. Como diz meu amado Xico Sá, a única vacina definitiva para um amor perdido é um novo amor achado. Mesmo que seja um placebo.

Quem deixa de lado o medo de cair outra vez e está disposto a se jogar, a acreditar no seu próprio “felizes para sempre”, é infinitamente mais corajoso do que quem se fecha em cercas do “eu não preciso do amor” ou “o amor não é para mim mesmo, deixa pra lá”. No fim, é isso o que todos querem. Seja agora ou mais tarde na vida.

Até porque, quem não sabe o que é perder o ar ao receber uma nova mensagem, sentir o coração a mil por hora ao marcar um primeiro encontro ou a sensação de pernas bambas e reviravoltas no estômago ao se descobrir apaixonado, definitivamente não sabe o que é viver.

E eu prefiro morrer a deixar de viver!
(Mas essa frase não é minha, apesar de eu realmente preferir)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Meu ÓDIO de segunda




Segunda-feira de manhã, toca o despertador. Só mais 10 minutinhos... e mais 10... e mais 10. Tá bom, já chega, acordo!

Levanto, me arrumo, pego meu jaleco e entro no carro. Chego no trabalho e sei que dali só saio às 20h. Nada mais, nem menos, que a minha ROTINA de segunda. Tá, eu tenho rotina de terça, de quarta, quinta, sexta também, mas a de segunda incomoda muito mais! É quando eu me lembro que sou uma escrava do trabalho, que tenho mau humor, muito sono e que o final de semana passou voando, de novo. E que a semana tá começando outra vez e isso significa mais quase 60h de trabalho, divididos entre 6 consultórios e uma escola de poledance, 6 dias por semana. Toda semana. E de segunda, mais do que nunca, eu me lembro o quanto é chato ter rotina. Muito mala. Quem criou isso, na minha humilde opinião, odiava a vida, só pode!

Todo domingo eu vou dormir sem sono porque descansei bastante. Na verdade me forço a dormir, porque quando olho no relógio já é meia noite e no dia seguinte tenho que levantar pra trabalhar. Aí rolo na cama por duas horas até pegar no sono, porque eu não estava com sono nenhum. Mas TENHO que dormir, porque TENHO que levantar disposta pra trabalhar na segunda, o que nunca acontece porque nunca estou disposta na segunda de manhã.

Eu sei que é clichê, mas ODEIO segunda-feira. Porque é quando eu me recordo que tem gente viajando, curtindo, namorando e pra mim só restou o trabalho, trabalho, trabalho! Depois sou obrigada a recordar que fui eu mesma quem rabiscou o quadradinho de “odontologia” no vestibular. Acho que devia ter um test drive de profissões antes do vestibular, assim eu ia ficar um mês na vida de dentista e ver como é não ter férias. Eu escolheria outra coisa, certeza! Graduação e pós em lazer, talvez. Hahaha

Claro que gosto da minha profissão, mas eu já me realizaria trabalhando 10 horas por semana, 50 é overdose. E não, eu não sou esse mau humor todo. Só não gosto de dar "bom dia" de manhã, principalmente nas manhãs de segunda. Porque é bom? Me pergunto sempre. Já pensei inúmeras vezes em riscar a segunda da minha agenda só pra ver se paro de reclamar. Mas provavelmente eu iria odiar as terças.
                       

 
Chego em casa após as 20h nas segundas, tomo meu banho, janto, deito para aproveitar as poucas horas que me restam e assistir minha série favorita na tevê (The Big Bang Theory, pra quem interessar) e depois dormir.

O mais engraçado é que na terça não reclamo mais. Aí meu corpo começa a ficar mais cansado e eu fico com preguiça de pensar e reclamar mentalmente e entro no ritmo da semana, que só vai piorando e me deixando mais cansada e com menos capacidade de analisar.

Eu brigo com minha rotina toda semana, brigo um pouco menos quando tem feriado porque a semana é menor. Rotina é algo que me deprime, mas também coloca certa ordem na vida e evita muitas mudanças bruscas... mas sinceramente odeio mudanças também! Dois lados opostos de uma mesma personalidade.

Sonho com o dia em que eu possa trabalhar metade do que trabalho e aproveitar mais a vida, pra viajar mais, namorar e ser como a
maioria das pessoas que tem pique na sexta e no sábado a noite pra se divertir, por nem isso eu tenho mais, quase durmo nas baladas. Ou então que eu fique rica, o que também resolve vários dos meus problemas. Hahaha

A única parte boa de uma segunda é quando ela termina! Tchau segunda, vaza! Nunca mais volte! Mas volta, sempre... a prova disso é que escrevi esse texto numa manhã de segunda e estou postando na próxima, com o mesmo sentimento da semana anterior.

Só me resta uma dúvida: tem alguém aí que gosta de segunda-feira?



quarta-feira, 10 de abril de 2013

Morar sozinha - A odisseia de uma mulher moderna, independente e desastrada




Ser mulher livre, independente e moderna é super legal até você ter que subir, SOZINHA, as compras do supermercado pro 3º andar. Haja braço, haja perna e, por favor, me lembrem de nunca mais morar em prédio sem elevador. Dia desses tive vontade de parar no degrau de número 22 (tem 48 degraus até o meu apartamento, já contei) e gritar: SOCORRO, por favor, um homem!

Trocar lâmpada, por exemplo, parece simples mas é uma tarefa de alto risco, até porque não tenho escada. Minha mãe fez o favor de afanar a única que tínhamos na chácara e só notei na mudança pro apê. Liguei pra ela na hora: “Mas você tem marido! E eu? Com vou trocar as lâmpadas?” Agora me penduro numa banqueta alta e rezo pra todos os santos me segurarem. A única lâmpada de casa que tem aqueles globos de proteção é a do corredor e se depender de mim vai ficar queimada por séculos, porque não consigo retirar aquela pombas de lá.

E virar galão d'água, então? É sempre uma operação de guerra pra não fazer molhadeira e conseguir encaixar o troço no filtro com sucesso. Isso que compro galão de 10 litros, porque de 20 é impossível.
Tá, eu sei que pra tudo nessa vida se dá um jeitinho. Normalmente pagando alguém pra fazer, claro. Das compras, por exemplo, o mercado entrega e carrega pra cima. Mas tem que ter paciência e tempo livre pra esperar a boa vontade. Então, dá-lhe eu mesma. E também porque grana não caí do céu pra pagar um “faz-tudo” toda hora que algo dá defeito é que a descarga da privada tá com problema até hoje (funciona, mas ela tem uma manhazinha) e porque o ventilador de teto do quarto tá com um barulho insuportável.

Quando eu morava com meu pai e acontecia dessas eu delegava a ele a tarefa de resolver. Chuveiro queimado, cano entupido, era tudo com ele. Não que ele fizesse o serviço, mas pelo menos eu tinha de quem cobrar e pra quem reclamar. Até que um dia, séculos depois, ele cansava e tomava uma providência. Ou não.

Matar baratas e afins também é missão ingrata. Antes eu gritava: “Ô paiêêêê”. E ele vinha com a vassoura na mão, reclamando, mas vinha. Agora posso gritar quanto quiser que a barata é toda minha. Ainda bem que tenho o Xico e a Amy (pra quem não sabe, meus gatos caçadores) pra localizar a nojenta e um Mortain sempre à postos. Mas não é mole não. Sou moderna, independente e o escambau, mas tem coisas que preferia não ter que passar. Fico imaginando o dia que a Priscila, a pessoa mais escandalosa que conheço pra assuntos de barata e lagartixa, morar sozinha. Ela não mata e nem olha na direção da bicha. Vai acabar por dormir no carro, certeza.

Mas não tô reclamando de morar sozinha, não é esse o ponto. Eu gosto e, na medida do possível, me viro. Já até instalei cortina no quarto e na cozinha, subi na pia pra parafusar o varão e nem caí, nem morri, só cortei uns 3 dedos só. Também já desencapei fio pra instalar a antena, cortei mais dois dedos e, claro, nem consegui instalar. Só não sou daquelas que ergue a bandeira que tudo posso e não preciso de ninguém. Não mesmo. De fato tem coisa que não consigo fazer, tem coisa que até consigo mas sofro pacas e tem coisa que não quero fazer de jeito algum. Quando dá pago pra ser feito, quando tenho a possibilidade peço ajuda e quando nada disso se encaixa deixo do jeito que tá.

A questão é que por mais que a gente se adapte, ninguém é totalmente independente. Nem homem que mora sozinho é. Vejo um monte de marmanjo que bate no peito pra dizer que já saiu de casa, mas leva a roupa pra mãe lavar e pede pro pai dar uma forcinha na grana do condomínio. E, no fim, se não for um abuso descabido, não tem problema nenhum nisso. Todo mundo gosta de ser cuidado, de ter um pouco de ajuda.

Ninguém se basta. Ninguém.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Mas eu me mordo de ciúme

Começo com uma pequena narrativa que conto pra mim mesma quando sou tomada pelo ciúme:
"Certa noite, o diabo resolveu passear na terra afim de lançar no mercado algo que perturbasse a paz dos homens. E foi andando de bar em bar, boate em boate arquitetando seu plano maligno.
Bebeu muito whisky, cheirou muito pó, observou, observou...Bebeu mais uma dose, sapecou mais um tiro de farinha e ....Eureka!! O tinhoso tinha em mãos uma das maiores maldições da vida, um sentimento destruidor: o ciúme."

O ciúme é uma lente de aumento demoníaca, que transforma gotas em tsunami. Dói, arde, queima, tira o sono, o apetite, envenena a alma. E eu digo isso com conhecimento de causa!
Não sei porque diabos, de um tempo pra cá, essa maldição se apossou tão intensamente de mim. Confesso que se tivesse direito de mudar apenas um defeito, deixaria de ser ciumenta ( e olha que eu tenho uma bela coleção de defeitos, hein).
Quisera eu ter essa paz dos não ciumentos, aquela coisa boa do estar nem aí, cagando e andando, medo zero de perder...Oh universo, me ouça!!!

Eu sei tão bem o peso do ciúme, que eu desejo esse mal pra quem eu não gosto, desejo que arda nas chamas caos mental e até físico que ele provoca!!

Sou daquelas que se sente tão perturbada que deseja arrancar a cabeça de quem me causa esse sentimento! Sorte de muitas pessoas que eu tenho um tamanho tão mínimo que impossibilita qualquer atitude agressiva. Uma pena!!! Ou não. Rsrs

Apesar do turbilhão de ódio que se instala durante uma crise de ciúmes, há um aspecto positivo nessa história, que eu estou tentando me apegar nesta manhã de segunda feira: o tempo.

"Tempo, tempo, tempo, mano velho..."

Olhando pra trás, vejo uma lista de pessoas que, em outras épocas, eu desejei as cabeças penduradas nas paredes da minha sala...Bobeira! Ciúme é Bobeira! Porque a grande maioria das dores o tempo se encarrega de levar embora...E hoje essas "cabeças" seriam tão importantes pra mim quanto um cocô de pombo da Praça da Sé (só pra lembrar, estou quilômetros e quilômetros desse lugar).

Aos colegas que compartilham comigo o infortúnio de ser ciumento e aos que são agraciados e  que vivem na santa paz do tô nem aí, deixo meu bom dia!!

Vou ali no cantinho, pedir ao universo que me dê paz pra não apertar o botão da loucura e não ter um colapso. Pelo menos por enquanto.... 



quinta-feira, 4 de abril de 2013

Amar é uma arte, xavecar faz parte?




Xavecar é o ato de tomar partido em uma conquista, de dar o primeiro passo no jogo do amor.

Xaveco não tem mais gênero, homem xaveca, mulher xaveca se bobear até mais. E os meios de comunicação atuais facilitam a conquista de vez! É SMS, bate papo do Facebook, WhatsApp e, o muito menos usado, xaveco por telefone. É lógico que o xaveco pessoalmente, nas baladas e bares, também continua em alta.

Ótimo! Penso com meu jaleco. Só que não, repenso com meu “alta rotação”. Mesmo porque sou péssima xavequeira, horrível, das piores! Meus xavecos nem sequer são entendidos pelo “alvo” ou quando são recebo um vácuo como resposta. Significa que mandei bem, muito bem! Só agradeço por não ser pessoalmente. Hahaha

Então, oh céus, o que fazer num mundo sem saber dar o start no jogo da sedução?
Em determinadas situações a moça ou o moço faz as vezes por você. Mas vamos combinar que é muito difícil “cair no colo” assim de mão beijada com a oferta que rola lá fora. Humpf!
Então... se vira negão! Mas tenha bom senso.

Ok, uma dica boba vai: Uma situação complicada é na night. Você está com suas amigas conversando, rindo e vem um palhaço sem ser chamado e invade o espaço se apresentando. Não tem coisa pior, esse cara já vai pra perder! A dica é: passe perto da senhorita algumas vezes, utilize-se de uma pequena melancia no pescoço (sem exageros) para que ela te veja e perceba se ela te olha ou se desvia o olhar! Aí, no momento que ela não estiver super entrosada com as amigas, por exemplo enquanto anda pelo local ou está quieta, você fala com ela. Se ela te olhar nos olhos enquanto conversam e sorrir, BINGO! O mesmo vale para os homens. Quem quer fica receptivo, não fecha a cara nem fica com pressa pra se livrar.



Não sei se é porque sou cretina, mas já dei toco em cara bonito só porque ele me azucrinou e não seguiu esse manualzinho básico de "keep calm and know the right time". Sei lá, homem paciente demonstra segurança e isso me atrai até demais. Mas odeio tartarugas também. É hora certa, não 100 anos de espera. Aí canso e olho pro outro lado.



O xaveco escrito é mais complexo. Você tem tempo de pensar e reler o que nego escreveu, e costuma dar muito mal entendido e aí a casa cai. Por outro lado é mais fácil, porque em caso de negativa você finge que nada aconteceu e toca adiante. E muitas vezes cola, é uma boa maneira de tímidos iniciarem... e dá pra ir se conhecendo e conversando, o que é bem bacana! Só não vale ficar só no virtual...

Então, xaveque! Vá, dê seus passos mesmo que tortos e muitas vezes bêbados em direção ao objeto do seu desejo, mas pelo amor de Deus, mande bala. O "não" você já tem, segundo a Tati Quadra, enquanto ela tenta me convencer de que devo xavecar. Mas seja digno e quando receber um “não” ou um “cricricri” não insista mais. Humilhação não, jamais. Odeio gente que se arrasta, pede, chora. Nãooo!!! Dignidade, pooooxa! O mundo tem 7 bilhões de pessoas não se arraste por uma única. E pior ainda: não agarre e nem “implore” amor e atenção. É imbecil demais. Lembre-se que o amor é espontâneo e se pessoas ruins de proza, como eu, se arriscam quando estão realmente interessadas, tenha certeza que a pessoa que você quer, se houver interesse, também vai se virar.





E você aí, tem uma dica boa de xaveco pra galera?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sobre a saga das mal resolvidas




Começo alertando sobre o alto teor de grosseria do meu texto. Quem me conhece pelo Facebook sabe bem que eu não seguro a mão quando o assunto é xingar. E pra quem vestir a carapuça nas próximas linhas deixo o meu mais sincero “o problema é todo seu”.

Não vou fazer rodeios: chamaram-nos de mal resolvidas. Mal resolvidas porque não estamos em relacionamentos assumidos?

Ahh tá, então bem resolvidos são aqueles que namoram pra descansar a bunda porque não assumiram a homossexualidade evidente; aqueles que se desesperam com “pressão social” e namoram qualquer, eu disse qual-quer, tralha que aparece disposto a assumir um romance; aqueles que pagam de casal de contos de fadas e metem a galhada no parceiro desenfreadamente, ou ainda aqueles que mantém amizades por interesse financeiro... ah sim, esses são bem resolvidos, né? Contanto que não demonstrem suas fraquezas em redes sociais e guardem seu demônios dentro do seu euzinho patético, estão bem resolvidos.

Toda a minha vida eu fiz merda. Sou a rainha do erro, vivo chorando meus arrependimentos, visto a camisa do: tô fodida e não me envergonho, não. Ainda que eu pareça depressiva-suicida-psicótica (hahahaha) eu não sou de mentira, não me faço de feliz se não estou, e no momento eu não estou. Posso? Dá licença?

Povinho idiota esse que costuma julgar que qualquer estresse que uma mulher sinta é falta de sexo, como se nós fossemos apenas vaginas. Mulher não tem história que não seja sexual, é isso? Não temos vivência em família, em sociedade, não temos obrigações, não temos o peso das falhas... nada disso... só uma vagina!

Grande sabedoria, hein colega?

Se eu pensasse na mesma profundidade que você pensa (no máximo um pires) talvez não teria tantos problemas e tantas dúvidas sobre a vida. Pois já me convenci que quanto mais idiota e menos auto-crítica a pessoa tem, maiores são as chances de ser feliz.

Vai, agora pode ficar putinho e me xingar! “Rsrsrsrs” eternos.


terça-feira, 2 de abril de 2013

As Cretinas: O Início

 
                                     


Cretino, segundo o dicionário, é aquele que é insolente, irônico, idiota. E não há uma única pessoa que ao ouvir a brincadeira ou ao ser chamado assim, de cara, não se assuste. Já ouvi mais de 20 vezes a resposta “Mas eu não sou cretina”. Mas, se desprenda das convenções por um momento e pense comigo: quem disse que não é legal ser um pouco assim?
O apelido de “cretina” surgiu pela 1ª vez de uma brincadeira que um amigo meu, o Ipe, fazia comigo. Depois, uma outra amiga passou a me chamar assim também. Daí se tornou um “viral”, um sinônimo pra pessoas que, assim como eu, tem uma pitadinha de humor irônico na veia. Que não perde a oportunidade de dar aquela zuadinha na amiga e ambos os lados levam numa boa.
É alegria, é brincadeira, é leveza. É cretinice. Mas é entre nós. Já ficamos ofendidas com gente do lado de fora que chegou na maior folga nos chamando de cretinas. Hahahaha.
Eu sou a Tati. E eu e a Cami somos amigas há muito mais tempo do que gostamos de contar, porque revelar a idade já tá ficando foda. Estudamos juntas e na adolescência pintamos os cabelos de vermelho e nos diziamos primas. Tem gente que acredita nisso até hoje. Circunstâncias normais da vida nos separaram (faculdade, namoros e projetos) e apesar de continuarmos nos vendo, era numa freqüência muito menor.
Em 2009 conheci a Priscila através da irmã dela, Adriana, que já era minha amiga. A Pri brigou com o namorado e foi numa Festa dos Solteiros que fiz no Dia dos Namorados. Ela tava pra se casar, mas não casou. Acabamos criando uma amizade, como diz a Pri, baseada na sinceridade, mesmo que doa. A Pri e a Cami foram apresentadas numa festa, mas só tempos depois, no final de 2010, é que ela ficou solteira. Aí nos unimos de vez.
Camila é de Indaiatuba, estudante de medicina, mora com dois cachorros, Tulipa e Nacho, em Ribeirão Preto.
Tatiane é jornalista, trabalha em Campinas e mora em Indaiatuba com seus dois gatos, Xico e Amy.
Priscila é dentista e professora de pole dance, trabalha na região, mora em Salto com os pais e é a humana de estimação do Bartô, um cachorro.
Juntas somos as cretinas!
Visão da Pri:
Nossas baladas são sempre intensas e nossas conversas são bastante polêmicas. Misturamos intuição feminina, espírito de aventura, sensibilidade e senso de humor. Ah, o senso de humor as três possuem. A Tati é a mais sociável de nós, tem as melhores e mais engraçadas histórias e sempre sabe rir da própria desgraça. A Cami tem uma mente muito fértil e um humor negro que é um charme, nos faz rir um monte. Já Eu faço jus a quem diz que gente grande é boba, mas sempre acabo fazendo as outras rirem. Tenho que ouvir umas sete vezes por semana da Tati: “Pri, como você é idiota”. Às vezes ela usa “trouxa” também para descrever.
Somos cretinas, com defeitos e principalmente com muitas qualidades. Somos diferentes e uma completa o jeito de ser da outra, mas acima de tudo somos amigas, irmãs e companheiras. Estamos sempre uma pelas outras e essa é a forma que sentimos que temos alguém, sempre, por nós. E é isso que a amizade nos ensina, todos os dias.
Esse blog tem como objetivo dividir nossas idéias, pensamentos e sentimentos e, quem sabe, dominaremos o mundo! Ou pelo menos desvendaremos um pouco mais os nossos próprios planetas.