segunda-feira, 6 de maio de 2013

Neura, doce neura




Mulher é, por natureza, um bicho com imaginação muito, muito fértil.

É por isso que elas planejam toda a vida na cabeça enquanto o homem está preocupado com a cerveja, no máximo, do próximo fim de semana. A nossa mente vai longe e a deles fica aqui perto, no momento presente. Ou vai dizer que você nunca pensou o roteiro inteiro de uma conversa e depois ficou brava porque a pessoa não seguiu o script na hora da discussão?

Essa viagem, quando é negativa, chama-se NEURA. E, em alguns casos, meu bem, vira até psicose!

Vocês sabem do que estou falando. É daquela irritante mania feminina de tentar adivinhar cada suposta intenção e/ou recado por trás de uma ação masculina (o cara manda um simples SMS e a mulher fica tentando descobrir todos os supostos diálogos ocultos). Da tentativa irracional de descobrir pelos likes na foto do Instagram quem ele já pegou, de quem tá afim, etc. Do vício sem fim de analisar, fuçar, desconfiar, supor, criar histórias na cabeça.

O pior é que normalmente as amigas dão força e até impulsionam essa insanidade, mesmo quando você está em pleno equilíbrio. Você conta que outra vez não vai conseguir encontrar com o moço no fim de semana porque ele disse que tá doente e a amiga responde: “Ahhhhh, seráááá? Ou será que ele namora e tá tentando dar o balão nela pra te encontrar, mas não consegue e aí desmarca?”

Não, eu sinceramente só achava que ele estava doente mesmo. Mas agora... caralho, que cafajeste!!!

Gente, sério, isso é loucura! Parem com isso!!! Suas malucas!

E não adianta argumentar que toda mulher é assim porque não é verdade. Umas são muito, outras um pouco e outras quase nada (tá, nada-nadica é mesmo impossível). Minha cabeleireira me disse esses dias que gosta de ser assim. Eu quase caí da cadeira. Como assim gosta de ser doida varrida?

Na verdade ela acha que gosta porque muitas conversas de rodas femininas se baseiam em análises coletivas das atitudes de cada macho da rodada. É praticamente o passatempo preferido do clube da mentes psicopatas.

Mas peraí gente, ser louca não é questão de gostar, mas um vício de atitude. E como isso pode ser bom? Ninguém sofre mais do que a pessoa que faz a própria auto-tortura sem sentido (ok, em alguns casos quem sofre mais é o coitado do namorado).

E a pergunta principal é: O que você ganha com isso? Você fuça, descobre um negócio, e? Faz o que com isso? Sofre quieta, que nem uma idiota, aposto. Ou dá chilique.

Porque a mulherada se acha muito esperta, muito detetive, mas erra de monte nas suposições e chega a reagir de forma injusta e cansativa com o parceiro. Por isso é horrível ser neurótico. É doentio, é massacrante e vira motivo de piada.

Em geral, eu prefiro ficar com aquilo que a pessoa me diz. Confesso, não fui sempre assim, já fucei até celular de namorado, mas estou curada em nome de Jesus. Tem coisa mais babaca que isso? Porque se o cara tá sendo sincero ou não, convenhamos, o problema é só dele. NÃO É SEU. Ser metida a espertinha muda o quê? Muda o chifre? Não muda!

E se eu simplesmente não consigo acreditar numa história contada pelo cidadão (é claro, também não sou trouxa e nem gosto de ser feita de boba), decido se vale a pena ou não encanar com isso. Em alguns casos prefiro evitar a fadiga e deixar pra lá. A pessoa inteligente se passa por idiota quando lhe é conveniente e, acredite, às vezes é. Em outros casos, a solução racional é conversar sobre o que se sentiu e perguntar o que houve, se foi realmente assim... porque não? Mas é conversa, não acusação. E funciona.

Portanto, pare de se preocupar tanto com o suposto indício de uma filhadaputagem na rede social e viva sua vida. Largar a neura é sim uma questão de decidir, de querer, de se treinar a mente pra cortar a psicose no momento que ela inicia e ocupar sua cabecinha criativa com outras coisas. Você vai ver como é simples e EXTREMAMENTE libertador.

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