terça-feira, 6 de agosto de 2013

Mais uma de amor



Eu não sou - nunca fui- uma pessoa muito romântica. Nunca sonhei, por exemplo, como seria o dia do meu casamento ou em ter filhos e quais seriam seus respectivos nomes. E não é que eu não queira essas coisas. Eu quero (o 2º item eu quero só se tiver o 1º, claro, rs). Mas é que sei lá, sou mais emoção do que razão pra muitas coisas, mas aparentemente, e eu disse APARENTEMENTE, pro romance ao estilo love is in the air, nem tanto.

Pode perguntar a qualquer um dos meus ex-namorados. Eles dirão que sou carinhosa, que sou atenciosa. Nunca romântica. Sempre fui a namorada engraçada, a divertida, a moleca. Repito: nunca a romântica. Parece que sou prática demais para isso. Talvez seja por isso que nunca, em minha vida, recebi flores ou uma bela surpresa de amor.

Então, há algum tempo, venho me perguntando: se é assim que sou, por que motivo, WHY GOD, eu choro tanto em filmes de amor? Se não sou esse poço de mel de laranjeiras, porque me comovo tanto ao assistir histórias que retratam a superação através desse sentimento e blábláblá?

“O amor é tudo” – disse hoje a personagem de um desses filmes. E eu chorei. Pra variar.

E me dei conta que talvez eu chore por medo. Medo de não descobrir se o amor é mesmo tudo isso, a não ser pelas imagens projetadas na tela. Cenas de um amor perfeito, com final feliz, que dura duas horas, até eu desligar a tevê pra ir dormir.

Tenho medo até de nunca ter amado. Fico pensando que, se eu não sei se amei, se não senti nada tão avassalador assim, é porque,de fato, nunca amei. E tenho medo de ser assim pra sempre. Porque, se o amor é mesmo tudo, vai sempre faltar algo pra mim.

Ou será que nós superestimamos o amor?

E você pode dizer que eu sou dramática (e de fato eu sou) e argumentar que tenho apenas 28 anos (29 em pouco mais de dois meses) e ainda há tempo pra isso. Mas não pode me chamar de covarde por ter medo.

Eu sou corajosa porque acredito no amor. Não tenho certeza se vou encontrá-lo, nem que vai ser tudo isso. Mas acredito nele. E azar de quem acredita que ele é apenas um detalhe na vida. Porque não é. Um detalhe é ter um carrão ou o celular mais moderno. Um detalhe é ter muito dinheiro. Um detalhe pode ser até o lugar onde se vive. O amor não.

E mesmo que eu não venha a vivê-lo de forma tão intensa, vou continuar a apreciá-lo. Vou me permitir a me emocionar com cada happy end na telinha. Vou continuar a ter fé que um dia vou ser naturalmente romântica e vou ter certeza. Certeza que é amor.

Porque não?  

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