Queridos rapazes, não
acreditem quando uma mulher disser que é equilibrada. Que não
tem ciúmes, nem desconfianças. Desconfie daquelas que
não cobram nada e não ligam de serem trocadas pelos
seus amigos num sábado à noite. Se for assim, pode
apostar, ou ela não está tão interessada quanto
você pensa ou tem outro(s) na parada. Ou as duas coisas ao
mesmo tempo.
Quando está
interessada/apaixonada/amando, TO-DA mulher surta, sem exceção.
A grande diferença é que algumas dão barraco e
outras se mantém na pose do “nada aconteceu”. Vamos aqui
falar das com classe, que seguram a onda. Porque as barraqueiras
vocês já sabem no que dá.
As que abafam o surto
possuem, de fato, o que pode se chamar de “equilíbrio
feminino”. Sabem o terreno onde pisam. Sabem o que NÃO podem
cobrar de um determinado relacionamento. Sabem que às vezes
fazem drama, exageram e que é melhor respirar fundo antes de
cravar uma faca nas costas do cidadão. Mas sabem também
que tomar balão é opção. Ninguém
morre por retirar o time de campo quando não há
respeito.
A questão é
que até tudo isso ser racionalizado e digerido, quem sofre com
o surto sempre é a best friend. É um mimimi sem fim.
Rola bipolaridade, chororô, xingo, perdão, xingo outra
vez. E a amiga tá lá, ouvindo todas as teorias, todos
os detalhes da história, ajudando a avaliar, analisar, a botar
panos quentes e, claro, a xingar o cretino, caso necessário.
Porém, há
um certo limite. Chega uma hora que você vê sua amiga se
estrebuchando no chão da amargura e não há outra
opção a não ser aplicar as técnicas da
chinelaterapia. Eu explico: toda vez que uma amiga que tenho muita
liberdade (como as Cretinas) passa do limite estratosférico do
drama mode on, eu as ameaço que se não pararem
em 3, 2,1, vão apanhar de chinela. É a senha: parou com
o exagero!
Minha terapeuta (Inês,
te amo! Hahaha) me ensinou a me chamar pelo nome e bater os pés
nos chão quando eu perceber que estou viajando. E sempre tem
aquele momento que você percebe. É nessa hora que tem
que haver o auto-tapa-na-cara. E acredite, é incrível
como “se chamar” de volta para a realidade dá certo. E
como sou boa demais pra guardar esse “poder” comigo, aplico
também em quem eu amo. O “parou com o chilique” funciona.
Porque tem coisas que
nós mesmas não enxergamos, por mais “equilibradas”
(lembre-se do que eu já disse sobre esse conceito) que
sejamos. E tem coisas que até vemos, mas fingimos que não.
Mulher é bicho metido a ser dono da razão e tenta
ignorar o fato de que está exagerando. Mas nada que uma
chinela voadora e com muito amor, bem no meio da fuça, não
resolva. E isso vale pra vida, viu? Não só pra
relacionamentos amorosos.
Portanto, lembrem-se:
às vezes sua amiga precisa mais do que compreensão.
Precisa de alguém que puxe seus pés para o chão
de forma prática e não de mais uma maluca que dê
asas às suas neuras. Isso também é dar apoio,
também é estar ao lado. Também é amar.